O totalista da Baja Portalegre 500

28 outubro 2016

30 edições da mais importante e antiga prova de TT em Portugal. 30 edições em que Fernando Branco Rodrigues não faltou à chamada. Três décadas de corridas, de diferenças de aventuras e de muita paixão pelo Todo-o-Terreno, pela competição automóvel e em particular pela Baja Portalegre 500.

Advogado de Ponte de Sôr, uma das três cidades do distrito, tirou a sua primeira licença desportiva em 1973. Tinha, então, 19 anos. Começou nas perícias, fez ralis. Mas foi em 1987, quando se realizou a primeira edição do mítico desafio de TT, que tudo mudou. Fernando Branco Rodrigues participou ao volante de um Mini Cooper S e não mais deixou de fazer a prova. “É a rainha. Mesmo quem só faz uma corrida por ano é a esta que quer ir. Eu já participei noutras mas nunca falhei a esta. Estar perto de casa ajuda. Os custos são menores. Não é preciso pagar hotéis. Mas é especial. É um caso de amor à primeira vista”, explica o piloto que desta vez participa com uma Nissan Navara que terá o número 723 e conta com o seu filho, Tiago Rodrigues, no lugar do navegador.

Ao longo de 30 edições, muita coisa mudou. Fernando Branco Rodrigues participou “com sete ou oito automóveis diferentes, entre Volkswagen, Lada ou um Nissan de duas rodas motrizes”, diz. Mas há um aspecto que se mantém igual. “Para quem é privado, com poucos meios, acabar era uma vitória. E isso continua a ser assim”, sublinha. Por outro lado, nos primeiros anos “havia um espírito de grande entreajuda”, algo que já não se verifica na actualidade. “Há controlos a cumprir, senão ficamos fora de prova. Por isso não dá para parar. Lembro-me de chegar quase à meia noite. Ter toda a gente à nossa espera, a GNR na estrada, ter de abrir porteiras já fechadas e voltar a fechá-las para o gado não fugir”, conta.

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